quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Poema de Wilma

Não quero te amar
Te laçar
Infernizar
Quero sim
Te fazer delirar
Perder o juízo
Enlouquecer precipitar-se pelos ares
Em devaneios
E aterrizar
Em meu ventre louco
Sedento
Voraz
E me permitir
Te guiar por cavernas, odores
Ventanias
Crinas e relinchos
Como potranca
Ser escrava
Garanhão

Te perfurar a medula
louca, tesa
E então te deixar para sempre
Inválido
A meus pés
Stupidi. Essa sempre foi uma das músicas favoritas de Wilma Lessa. Lembro dela no seu apartamento na cobertura do Edifício Apolo. Ela preparava um drinque. San Raphael. Colocava o disco da Ornella Vanoni. Bebericava o drinque e cantarolava a canção por cima da voz da cantora.


MARACATU


Meu coração
Rufa como os tambores
Da longíqua casa
Mãe primeira
De todos os seres


Maracatú, nação origem

Idilio lúdico de músculos
Corpos em pelo
Brilhantes,
Vozes
Pandeiros
Pálio protetor
Da boneca calunga
e de todos nós

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Uma década de Wilma Lessa

No último dia 20 de Junho foi comemorado os dez anos de fundação do Serviço de Apoio à Mulher Wilma Lessa, que dá apoio as mulheres vítimas de violência em Recife, PE. Mais de cinco mil mulheres já foram atendidas pelo Serviço, que fica localizado no Hospital da Restauração.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Vivendo a vida





POEMAS



Hoje minha pele reagiu
A teu cheiro
estes costados largos
o calor intermitente



A história se repete
mas a gosma da boca
saliva grossa
é outra
única
porque tua



E me alimenta
No âmago
Aquela coisa interna
invisível aos olhos
Mas que habita
Cada poro
Centímetro de pele
Cabelos
Arrepios.



Qual vento bravio
Mas que aquece
E acalma









DESCOBERTA


Constatei em pânico
Que intrincheirada
Nas barreiras intelectivas
Sondava-me a paixão.


Hesitei,
Perplexamente não senti
Recuei frente ao óbvio:
E como um heterossomo
Mantive-me ao fundo
Deitada sobre os olhos
Que não vêem
Porque amar dói


Preferi ficar mofando
Da paixão que te guiava
E fazer pirraça
Para não admitir
Estou lhe amando, homem

O filho Caique










PARA CAIQUE

Te amo tanto
Que te deposito
Além do peito
Borbulhando nas vísceras
Um amor ritualístico
Ver, estar
Comandar
Interferiu em mim
Destino inexorável
Se numa manhã
(conjunção de gêmeos)
não te encontrasse
lá, à venda
na Feira de Prazeres

quarta-feira, 30 de março de 2011

Foto e dedicatória










ANOS 70 - Wilma Lessa morava havia pouco tempo em Recife quando um velho amigo lhe fez essa foto. Eles haviam saído do apartamento da jornalista na cobertura do Edificio Apolo 11 e tinham ido dar um passeio no Parque 13 de Maio, ali perto. Wilma Lessa estava fazendo algumas fotos no parque. O amigo pegou a câmera dela e fez esse clique, num momento em que ela estava distraída. Depois, quando viram as fotos, o amigo comentou que ela estava muito séria. Logo ela que era sempre alegre e risonha. Na dedicatória, junto com o beijo de batom que era sua marca registrada, Wilma Lessa escreveu:




Você está me achando muito séria, mas você é que transportou a coisa assim. Sub-consciente? A foto é de sua autoria, por isso... Acho que estou falando como sempre. Toco





Toco. Esse era um apelido que Wilma tinha em São Paulo e que lhe foi dado por Toshi, um japonês com quem ela foi casada.


segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Querida Wilma





FAMÍLIA LESSA - Na foto lá de cima um close de Wilma Lessa com sua expressão de ternura que fazia tão felizes seus amigos e admiradores. Na foto do meio Wilma e seu adorado filho Caíque. As fotos são de Noemi, irmã de Wilma e tia de Caíque. A foto menor é um flagrante de Wilma Lessa num debate em que falava da situação da mulher.